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Vida Literária |
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José Francisco de Faria Costa inicia a sua vida literária, sob o pseudónimo Francisco d'Eulália, com a obra Belém e outros escritos breves, editada em 1999 pela Quarteto Editora. A propósito deste primeiro livro Cristina Robalo Cordeiro disse [...] Nenhum "bavardage" aqui, no entanto, nenhuma palavra mais. Apenas a palavra certa que aspira à perfeição e à pureza, a palavra contida e concisa, a de uma escrita de brevidade. E a tentação é grande de procurar a etimologia grega da palavra com que o autor assume a sua autoridade de homem de letras e de a decompor nos dois elementos que a constituem: eu/lalia. Voltemos então ao nosso ponto de partida: Francisco d'Eulália (o escritor que não conhecíamos, o autor que acabámos de conhecer) não é então senão aquele que nos traz, em escritos breves, a palavra boa, a palavra feliz. |
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Ainda sob o pseudónimo Francisco d'Eulália dá à estampa, em 2002, a obra A cor da manhã, também editada pela Quarteto Editora. "Este livro é oferecido a um pássaro. Da Polinésia. Dizem uns que se chama pyau-pyau. Outros bau-bau. Nunca ninguém o viu. Juram. Todavia, todos sabem que existe há milhares de anos. Depois de longas e aturadas investigações inclino-me para que definitivamente se chame bau-bau, não tanto porque tenha uma certeza científica mas porque numa noite de luz intensa vi-o, lá, numa pequena ilha do sudoeste. Sublime, ao longe, em sonoridades únicas de bau-bau. Nunca me acreditaram. O que não é desrazoável e também não faz mal". |
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Já em 2003, publica uma antologia das crónicas que escreve semanalmente para O Primeiro de Janeiro, editada pela Fólio Edições, sob o título A Razão das Coisas. No prefácio, escreve o Dr. Miguel Veiga que "estas «Crónicas» de Faria Costa, publicadas no diário «O Primeiro de Janeiro», no período compreendido entre Outubro de 2002 a Julho de 2003, apesar da sua cronologia, são o tempo abolido. Breves e eternas como certos encontros, os tais que há. Gosto deste trabalho rigoroso e pautado de rédea curta, e, no caso, de um volteio de grande precisão, de escultural e sedutora elegância plástica também com que Faria Costa trabalha, no seu manège, o cavalo alado e desobrigado no vento da literatura". |
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A sua mais recente obra, publicada pela Fólio Edições em 2005, intitula-se Cartas a Sofia. Também aqui se trata de uma antologia dos textos publicados em O Primeiro de Janeiro, de 6 de Dezembro de 2003 a 31 de Julho de 2004. "Maravilhosamente vocacionadas para a escrita na água, não raro a mais pertinaz a actuante das escritas, afeitas a integrar um portfolio de nuvens de admirável esplendor, as Cartas a Sofia, de José de Faria Costa, invadem o silêncio com uma mão repleta de ideias de oiro, e retomam a fiação das efemérides que desencadearam o seu nascimento. Guardemo-las então na estante mais prezada, e mais acessível, da nossa biblioteca, aquela onde se arquivam os atestados de talento, e da meditação sobre ele, esses que sempre, e com renovada sede, voltaremos fatalmente a compulsar" são as palavras de Mário Cláudio, no prefácio que faz desta obra. |
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"A Raiz do Teu Gesto" é o primeiro livro de poemas de Francisco d'Eulália.
Com uma poesia comparável à de Casais Monteiro, como escreveu
Manuel Alegre,
à de Sophia de Mello Breyner, à de Sapho… |
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Dois anos após a sua última obra, “No Regaço da Memória” surge como o segundo livro de poemas de Francisco d’Eulália. “(...) Na realidade, a poesia, a boa, a verdadeira, não seria o que é se não começasse por cegar o leitor, e particularmente o crítico, cuja tarefa é (justamente) a de esclarecer. (...) [Aqui] o poeta (...) visa um pequeno público de espíritos requintados e aptos a saborearem a sua virtuosidade, partilhando emoções raras (...). Não se trata pois de convencer nem tão pouco de fazer sonhar ou chorar, mas ao invés de acordar, de estimular a consciência do leitor ou do autor. (...) Exercício e jogo da inteligência, esta poesia «erudita» é uma arte da maturidade. (...) O pequeno número de textos, o pequeno número de palavras tão escolhidas de que se compõem não só impedem qualquer fadiga, mas acabam por criar o desejo de os relermos”, são as palavras de Cristina Robalo Cordeiro, na apresentação da obra. |
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